Se a norma é falar-se de Revenue Management em Hotelaria ou Aviação, e mesmo sendo o foco do InstitutoRM o Revenue Management Hoteleiro (Hotéis, Hostels, Guesthouses e Apartamentos), é essencial considerar que há vários outros negócios que tiram proveito de tácticas de Revenue Management. Da mesma forma, há diversos termos e indicadores que se aplicam a cada área.

São requisitos para aplicação de Revenue Management: Inventário Limitado, Inventário Perecível; Custos fixos elevados e custos variáveis baixos

Desta forma, estão elegíveis entre outras:

Rent a Car - Cada vez mais em voga, esta área tem se desenvolvido ano após ano em termos de gestão de receitas. Hoje em dia já é aceite pelo cliente preços dinâmicos, a gestão de inventário é ainda mais complexa que a de hotelaria (por haver vários pontos de pickup e dropoff de viaturas) e ano após ano vemos cada vez mais talento formado em hotelaria a fugir para funções de Revenue em Rent a Cars

Salas de Reunião | Reuniões - Também em evolução constante, é uma área que gera uma facilidade muito grande de um RM de hotelaria fazer Revenue, porque os dados são relativamente estáticos: Capacidade de uma determinada sala, período de utilização, serviços adicionais de coffee break, restauração e audiovisuais.

Eventos - Com base na mesma premissa que as Reuniões em Sala, eventos como concertos ou jogos de Futebol estão hoje em dia a aplicar técnicas de Revenue, maioritariamente em diferenciação de preços de Bilhetes por antecedência da compra e/ou compra em pacote. Os grandes clubes e as grandes organizadoras de eventos começam a considerar esta forma de gerir receita mais dinâmica como uma mais valia para a rentabilidade do evento.

Restauração e Bares | Área de Comidas e Bebidas - Por hábito os Revenue Managers recusam sempre o desafio de entrar na restauração. Os pontos de controlo são sempre muito limitados, a segmentação é quase impossível de gerar e gerir e em última análise acaba por ser feito um “basic revenue” quando se fazem as “happy hours” e o “cocktail do dia”, acompanhando depois os resultados diários para se analisar o retorno. 

Mas para quem começa hoje a efectuar Revenue Management de F&B de uma forma séria, o retorno é muito maior do que o “basic revenue” aplicado na maioria dos restaurantes.

Storage Space - Não é um negócio que tenha tido um grande sucesso em Portugal, mas nos últimos anos começámos a ver alguns pontos de aluguer de “arrecadações”. Este mercado começou a explodir há muito pouco tempo com a alteração do modelo de negócio. Se antigamente estes espaços eram para pessoas guardarem valores durante um largo periodo de tempo e com a obrigatoriedade de serem espaços relativamente grandes, hoje em dia há imensos pontos de guarda de bagagem de turistas no centro de Lisboa. Ambos estes modelos de negócio podem ter uma gestão de Revenue, tal como é efectuado no estrangeiro.

Estacionamento - Curiosamente, o melhor exemplo que temos conhecimento a nível nacional de gestão de receitas em estacionamento é a criação de zonas por cores que a câmara de Lisboa efectuou em conjunto com a EMEL. Simples, mas eficiente. Este é um ramo que tem tudo para se desenvolver ao nível de gestão de receitas, mas que ainda não está a ser efectuado devidamente.

Venda de Toldos na Praia - Um dos elementos da nossa equipa vê este modelo de negócio como um verdadeiro filão por explorar. Por ter trabalhado anos seguidos com hotéis de praia, vê todas as condições para este ser um negócio a desenvolver Revenue nos próximos anos. Esta última área de negócio vem também alertar que a gestão de receitas não necessita de ser apenas para negócios considerados “premium” e pode também ser aplicada em coisas mais simples da vida como a venda de toldos na praia.

Cabeleireiros - Robert G Cross refere este modelo de negócio como exemplo de Revenue Management puro. O desenvolvimento de diferentes estilos de corte, com preços distintos, assim como a gestão de horários com maior procura, com definição de preços mais altos ou com escolha de clientes loyalty para estas slots, é um processo de Revenue “inocente” e que por isso mesmo é um exemplo.

Este artigo faz parte da nossa Série #InstitutoRM nos quais procuramos explicar de uma forma descomplicada conceitos básicos de Revenue Management. Para mais informações siga o link https://www.xlr8rms.com/blog-InstitutoRM